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SsangYong: confira impressões ao dirigir nos carros da marca coreana

A SsangYong está retornando ao Brasil. Em sua terceira incursão no país, a marca sul-coreana passa a ser representada pela Venko Motors, empresa que anteriormente trouxe as chinesas Chery e Rely.

Após a apresentação oficial, onde a nova importadora anunciou a reabertura de algumas lojas e também a criação de novos pontos de venda e assistência, inclusive com atendimento para os clientes antigos da marca e aqueles que ainda estão em período de garantia, do representante anterior, agora foi a vez da empresa mostrar seus produtos para experimentação da imprensa especializada.

A volta da SsangYong ocorrerá de fato em 2018 e seu retorno será marcado pela chegada de quatro produtos, dois deles equipados com motor a gasolina e outros dois com propulsores diesel. Nesse segundo encontro, a Venko revelou faixas de preço que deverão ser atendidas pelo quarteto importado da Coreia do Sul.

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No entanto, a definição dos valores só ocorrerá após o anúncio das regras do Rota 2030 ou do que o governo decidir para o setor automotivo. Enquanto isso não ocorre, a SsangYong Brasil planeja atuar numa faixa que vai de R$ 85 mil até R$ 150 mil. Cada modelo terá duas versões, uma de acesso e outra mais completa. Segundo Marcelo Fevereiro, diretor de operações da marca, os veículos apresentados à imprensa ainda são carros de homologação e não as versões definitivas. A empresa pretende ter rede de 50 concessionárias até o fim de 2018.

Por conta disso, alguns itens deverão ser retirados e outros mantidos. As configurações observadas pelo NA tinham variação de equipamentos, mas não diferenciavam a mais completa da mais simples. Para o mercado brasileiro, a aposta da SsangYong é – como sempre foi desde que chegou por aqui nos anos 90 – nos utilitários esportivos e no segmento de picapes.

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A estratégia começa pela nova dupla de compactos, inéditos na gama da SsangYong no Brasil, sendo eles o Tivoli e o XLV. Além da dupla de acesso, a marca sul-coreana traz de volta dos conhecidos do consumidor brasileiro, mas atualizados. Um é o SUV médio Korando, repaginado pela segunda vez. O outro é a picape Actyon Sports, que igualmente foi comercializada anteriormente no Brasil. Todos terão três anos de garantia.

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Impressões gerais

Já visto inicialmente na primeira apresentação da Venko como representante da SsangYong no Brasil, o crossover Tivoli chega com um visual bem esportivo, reforçado por mescla de cores, tais como branco com teto preto, vermelho com teto preto, azul com teto branco ou preto com teto branco, por exemplo. O design chama atenção pelos faróis com LEDs diurnos, detalhes em preto brilhante – incluindo as rodas aro 18 – lanternas em LED, teto reto e pintura em dois tons bem chamativa. A impressão é boa, tendo um bom espaço interno e porta-malas condizente, embora este tenha várias subdivisões que parecem reduzir mais o espaço do que acrescentar.

Com 4,20 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,59 m de altura e 2,60 m de entre-eixos, o SsangYong Tivoli chegará com motor 1.6 de 128 cv e 16,3 kgfm, além de transmissão automática Aisin de seis marchas. Seu porta-malas tem 423 litros. Ele traz um bom pacote de equipamentos no modelo de homologação, incluindo direção elétrica com três níveis de atuação (Normal, Comfort e Sport), bem como três modos de condução: Eco, Sport e Winter. Bancos em couro, botão de partida, ar-condicionado dual zone, controles de tração e estabilidade, bem como refrigeração e aquecimento dos bancos. Os preços devem ficar entre R$ 85 mil e R$ 100 mil, segundo estimativas da marca.

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Irmão maior do Tivoli, o SsangYong XLV apareceu pela primeira vez para a imprensa brasileira. O crossover é a variante de tamanho maior do modelo citado acima, mas apesar de sua aparência, ele não tem sete lugares, mas um enorme porta-malas de 720 litros. Este ainda pode ser ampliado com o banco traseiro bipartido e possui compartimento para separação de bagagem. Na versão exibida pela marca, havia um item interessante, além dos bancos climatizados na frente: aquecimento para o banco traseiro, cujos botões ficam nas portas. Lembra aonde você viu um desse? Pois é, nem nós.

Fora isso, banco elétrico para o motorista, painel com materiais de qualidade e boa montagem dos revestimentos, assim como visto no Tivoli. O XLV tem um bom espaço para as pernas, tal como seu irmão menor, mas com a vantagem de ter mais porta-malas. A multimídia nos dois modelos é simples, mas há conexão HDMI e USB, além de Bluetooth.

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Medindo 4,44 m de comprimento, ele compartilha a mesma base e motorização do Tivoli e deve chegar ao mercado com preços entre R$ 90 mil e R$ 105 mil. Em ambos, a tração é dianteira. Visualmente, parece mais uma perua, visto que não tem grande altura em relação ao solo. Na traseira, as lanternas em LED são exclusivas e a tampa é leve no manuseio. O foco será as famílias.

De volta ao Brasil, o Korando revela sua segunda atualização visual promovida pela SsangYong. A frente ficou mais nervosa a conta com faróis dotados de LEDs diurnos e grade retangular de tamanho maior e com detalhes cromados, assim como para-choques com repetidores de direção e faróis de neblina. Na traseira, as lanternas foram atualizadas, mas não possuem LEDs. As rodas de liga leve aro 18 apresentam um aspecto bem esportivo e agradam. Por fora, o visual geral é interessante, mas o estilo original do modelo parece mais atraente.

Por dentro, o painel tem boa mescla de cores e revestimentos, assim como materiais soft touch, inclusive nas portas traseiras. Da mesma forma que nos Tivoli e XLV, ele vem com climatização nos bancos, revestimentos em couro, ajuste elétrico para motorista, entre outros. No entanto, a direção elétrica não tem níveis de atuação. Mas, possui um interessante recurso: para-brisa com desembaçador elétrico.

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O SUV mantém a propulsão diesel, que no caso do Korando 2018, consiste no motor 2.2 turbo com 178 cv e 41 kgfm, além de câmbio automático Aisin de seis marchas. Como é obrigatório, possui sistema de tração nas quatro rodas “on demand”, bem como bloqueio do diferencial para se manter a tração 4WD de forma permanente. Com 4,41 m de comprimento, 1,83 m de largura, 1,67 m de altura e 2,65 m de entre-eixos, o utilitário esportivo da SsangYong tem 486 litros no porta-malas. Bem equipado, ele deverá atuar na faixa entre R$ 135 mil e R$ 150 mil.

Por fim, a picape Actyon Sports retorna com um visual esportivo, fruto da última atualização, tendo faróis com máscara negra, detalhes cromados e em preto brilhante, bem como santântonio personalizado. A picape diesel compartilha a motorização com o Korando, mas seu câmbio automático Aisin de seis marchas – bem como o motor – são posicionados em longitudinal. Com tração 4×2, 4×4 e 4×4 com reduzida, o modelo tem capacidade para 720 kg de carga.

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Na cabine, amplo espaço e boa área envidraçada, com cintura baixa. Bancos em couro – ajuste elétrico para o condutor – climatização (quente e refrigerado) para os assentos dianteiros, bem como ar-condicionado automático, rebatimento dos espelhos elétricos (também presente nos demais modelos), ajuste automático dos faróis, teto solar elétrico, entre outros, estavam presentes no modelo testado. Com rodas aro 18 e outras partes em preto brilhante, a Actyon Sports passa uma aparência esportiva e chama atenção por ser curta (4,99 m) e pela caçamba ser bem larga. A expectativa de preços da SsangYong gira entre R$ 120 mil e R$ 135 mil, em duas versões.

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Impressões ao dirigir

Salto/SP – No teste realizado pela SsangYong na sede da Venko, começamos pelo crossover XLV. O modelo – assim como o Tivoli – é inédito por aqui. Apesar de ter 128 cv e 16,3 kgfm, o propulsor pareceu estar mais disposto do que o esperado, tendo respostas animadoras nas saídas e retomadas em baixa velocidade, revelando uma relação curta e equilibrada.

O modelo também se mostrou bem ágil ao volante. A programação Comfort é semelhante ao da maioria das direções elétricas, mas a Normal é mais firme que o geral, agradando bastante. No caso do Sport, ele endurece mais e passa a impressão de que estamos em um carro verdadeiramente esportivo, com reações rápidas ao comando.

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De volta ao motor, o propulsor tem sua programação também alterada com os modos Eco e Sport, sendo bem frugal e moderada no primeiro, inclusive exigindo rotações acima de 3.000 rpm para vencer pequenos aclives, revelando a aspiração natural do pequeno motor, bem como maior disposição no segundo, mas ainda assim – com ajuda do câmbio – não surpreendeu tanto quanto a direção e a estabilidade. Ruim é a mudança manual por botão na alavanca de câmbio. Deveria ter paddle shifts. O mesmo se verifica nos demais modelos. Os freios são bem fortes e eficientes.

Mesmo mais longo que o Tivoli, o XLV se mantém bem neutro, mesmo forçando a saída de traseira. A suspensão tem um ajuste mais firme, mas passa conforto ao rodar. A dirigibilidade nesse crossover é o ponto alto, enquanto a motorização é adequada, apesar de sistemas focados em esportividade.

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Logo depois, foi a vez do Tivoli. A diferença para o XLV deveria ser mínima, mas o comportamento em curvas, especialmente, bem como aceleração e frenagem mostram uma boa discrepância. Por ser mais leve, o modelo se apresenta mais instável nas curvas, mas ainda assim na mão. Além disso, é melhor nas saídas e retomadas, dado o peso menor. A suspensão parece um pouco mais macia, mas no geral agradou também. Dos dois, o XLV apresenta um conforto ao dirigir melhor, embora devesse ser o contrário, pois este último é bem grande.

O próximo modelo foi a picape Actyon Sports. De cada, a coluna de direção com ajuste por alavanca horizontal se mostrou muito ruim, travando em posição muito baixa e exigindo paciência e esforço para ajustar. Fora isso, a posição de dirigir agrada, assim como o desempenho. O motor diesel 2.2 de 178 cv e 41 kgfm empurra bem a picape de quase 5 metros, garantindo saídas rápidas e retomadas muito boas, mas sempre acima da casa dos 2.000 rpm. Abaixo, há um lag perceptível, mas que não denigre o desempenho geral.

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O câmbio automático de seis marchas trabalha bem, mais como nos outros, a mudança manual por botão na alavanca é pouco ergonomia e animador. Ou seja, andar de forma esportiva só mesmo confiando na transmissão. Não houve oportunidade para testar a tração 4×4 e muito menos 4×4 com reduzida. A suspensão tem um ajuste muito macio e, nas curvas, a picape inclina bastante, mas corrigível com segurança. A direção elétrica é a mais leve de todas e também a menos progressiva, passando pouco conforto em estradas sinuosas. Positivo é o nível de ruído. Apesar da leveza da direção e da maciez da suspensão, agradou pela disposição em andar.

SsangYong Test Drive – Galeria de fotos

Viagem a convite da SsangYong.

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